O Círculo

O Círculo

Definição Simples e Perfeita sobre o Aro/Círculo/Redondo

O Círculo provavelmente é o símbolo místico mais usado pelos índios americanos.

A Roda da Medicina (Roda Sagrada da Cura) como é chamada, é o Universo Total e pode ser entendido como o espelho em que a consciência do homem se reflete.
Para o índio americano, tudo no mundo é feito num círculo.
Alce Negro, um Homem Sagrado dos Sioux, Oglala explica:
“O Céu é redondo, e tenho ouvido falar que a Terra é redonda, como uma bola, igualmente a todas as estrelas. O vento em sua maior magnitude, dá voltas. As aves fazem seus ninhos em forma de um círculo, para eles é a mesma religião que a nossa. O Sol aparece e desaparece também em círculo, a Lua faz o mesmo, e ambos são redondos. Inclusive as estações do ano formam um grande círculo conforme trocam e sempre regressam novamente ao lugar que estavam. A vida do ser humano é um círculo de uma infância a outra, e assim é em todas as partes onde se move a energia. Nossas tendas eram redondas como os ninhos das aves, e estas eram colocadas em círculo, o aro da nação, um ninho de muitos ninhos, onde o Grande Espírito se propusera formar nossas crianças.”

peaceprayer

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Arte e Ancestralidade

Muitas vezes as pessoas que entram em contato comigo através da loja no Elo7, acabam puxando um ou outro assunto e, quando vemos, estamos trocando altas ideias por e-mail.

Isso me dá uma satisfação muito grande, porque adoro conhecer quem se interessa pelo meu trabalho.
Percebo que, assim como eu, algumas pessoas ficam curiosas para saber quem é a pessoa que está lá, do outro lado, ou quem idealiza e produz as peças artesanais expostas na galeria de imagens. Foi pensando nisso, que resolvi falar um pouco sobre mim.

Sou paulistana, separada e sem filhos, mas crio quatro cachorrinhos recolhidos da rua e amo cada um deles 😉

A ideia de fazer Filtro dos Sonhos, aconteceu sem querer, quando uma amiga, companheira de um curso sobre Espiritualidade Feminina (Feminino Essencial), me disse que gostaria de ter um e perguntou se eu fazia. Bem, até então eu não havia me arriscado a fazer nenhum deles, mas disse que iria pesquisar e que teria muito prazer em fazer um para ela.

Saí à cata de informações e logo produzi minha primeira peça que essa amiga tem pendurada na parede do quarto dela😉

Essa experiência reacendeu uma chama que sempre queimou dentro de mim…
Sou descendente de índios (Sioux) por parte de pai e sempre amei a cultura desse povo.  Em casa tenho arco e flechas, uma zarabatana, chocalhos (entre outras coisas) e um Filtro dos Sonhos que comprei em Nova York, feito por índios Sioux de uma reserva e simplesmente amo essa peça.

Bem, depois desse empurrãozinho da Nyara (minha amiga de curso), o resto veio muito naturalmente.
Eu já conhecia o trabalho do Elo7, então resolvi criar coragem e montar uma loja nesse espaço.
Contava com poucas peças naquela época (há mais de 4 anos), mas uma vontade enorme de desenvolver cada vez mais meu trabalho.
Estudo e sempre estudei muito a cultura dos povos nativos norte-americanos e sul-americanos também, claro, e sempre aprendo muito com eles.
Desse conhecimento, busco elementos que completem de maneira mais significativa cada uma das minhas peças e na medida do possível, escolho nomes indígenas para  elas. Aliás, essa é uma grande paixão também, conhecer melhor essa linguagem singular. Mas já estou correndo atrás disso 😉

Atualmente estou morando em Campinas, interior de São Paulo, mas devo voltar para a capital em breve.
Aqui tenho meu próprio espaço e montei meu ateliê, simples, mas com um astral maravilhoso!!!

Trabalho vendo meus cachorros brincarem no quintal, ouvindo música inspiradora, sentindo o aroma delicioso de um incenso e curtindo cada etapa da confecção das peças.

Tenho muitos sonhos, evidente, e corro atrás de todos eles.

Por diversas vezes recebo um retorno de meus clientes, mencionando a energia boa que sentiram ao adquirirem meus trabalhos e isso me deixa completamente realizada.
Trabalho com amor, com muito carinho e respeito, não só pelo cliente, mas também pelas tradições de meus ancestrais.

Espero que você que vem me visitar, se sinta mais em casa agora, conversando com uma amiga que estará sempre disposta a lhe ouvir e atender.

Lourdes Azevedo
www.elo7.com.br/magiadaterra
magiadaterra@rocketmail.com

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Sioux – Um Povo Especial

Um pouco sobre a história dos índios Sioux

Durante o processo de dominação da América do Norte, vários povos indígenas entraram em contato com os colonizadores franceses, espanhóis e ingleses. Entre uma infinidade de culturas instaladas naquela região, damos especial destaque aos índios sioux. A origem do termo tem a ver com a expressão serpente e era o termo costumeiramente utilizado pelas tribos inimigas que conheciam esta intrigante civilização, que se auto-intitulava como dakota.

A civilização Sioux (ou Dakota) é bastante diversificada, e ainda se subdivide em outros três grandes grupos: os Tétons, Yanktons e Santees. Dentro de cada uma dessas divisões temos a presença de uma infinidade de tribos entre as quais se destacavam os hunkpapas, os oglalas e brulés. Em geral as tribos pertencentes à civilização sioux se encontravam na atual região nordeste dos Estados Unidos, local marcado pelas pradarias e os rios da bacia do Missouri e do Mississipi.

As principais atividades econômicas dos sioux giravam em torno da agricultura, onde a plantação de milho possuía expressivo destaque. Além disso, realizavam atividades de caça a animais de grande porte como os búfalos e bisões. A caça desses animais envolvia uma grande preparação capaz de exigir a participação de aldeias inteiras. A carne obtida desse tipo de caça era dividia entre as famílias participantes, os ossos utilizados para o artesanato e fabricação de armas e o couro para a confecção de roupas e tendas.

Os sioux eram aliados dos índios chayennne e tinham os crow como seus mais tradicionais inimigos. Antes da chegada dos colonizadores espanhóis, essa civilização realizava constantes deslocamentos territoriais em busca das manadas selvagens de gado. Com o contato com os colonizadores espanhóis, os sioux passaram a utilizar o cavalo nas atividades de caça e, com isso, sofreram um processo de sedentarização. A partir de então puderam gastar mais tempo na realização de rituais religiosos e mágicos.

A Dança do Sol era um dos mais importantes rituais praticados pelos povos sioux. Nessa cerimônia havia um processo de autoflagelação em que os participantes cravavam estacas pontiagudas na pele, que ficavam presas a um poste de madeira através de uma tira de couro. Depois disso, ficavam várias horas do dia dançando em torno desse poste, até que a pele se desprendesse da estaca. Nesse momento, o ritual alcançava seu ponto máximo com o contato com os seres do mundo espiritual.

Depois do processo de independência dos Estados Unidos, os conflitos entre os colonizadores e os povos Sioux aumentaram significativamente. A resistência dessa grande civilização indígena se prolongou até o final do século XIX e marcou o processo de destruição das populações nativas da América do Norte. Atualmente, os remanescentes dos Sioux se reduzem a pequenas populações que vivem nos                 estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

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