O que nos vem à mente quando pensamos na tartaruga?
É um animal interessante que carrega a própria casa nas costas, se move lentamente em terra, rapidamente no mar, que vive muito, que é resistente, entre outras coisas, certo?
A tartaruga está associada à paciência, à perseverança, à tenacidade, à resistência.
Na visão dos povos nativos ela é a personificação da Mãe Terra, da energia feminina.
Assim como a tartaruga se protege de agressões externas com sua dura couraça, a Mãe Terra se protege das agressões que lhe causamos, através de severas mudanças climáticas, de abalos sísmicos, de atividades vulcânicas, de tantas outras formas de desastres naturais que conhecemos. Assim a Terra se renova, se purifica e sobrevive, como a tartaruga.
Um grande ensinamento que a tartaruga também nos apresenta, é a importância de termos foco, de termos paciência para conseguirmos chegar onde desejamos.
Ela nos ensina a mantermos a calma em todas as situações da vida, prestando atenção aos detalhes do nosso caminho para aprendermos mais, sempre.
Observando a tartaruga aprendemos também a respeitar nossos limites e os limites dos outros, a entender que cada um tem seu tempo, que cada um tem suas habilidades e que não devemos esperar que todos reajam da mesma forma, que todos tenham as mesmas opiniões, que todos façam as mesmas coisas.
Auto-estima, confiança em si mesmo, também são qualidades que ela nos mostra com sua maneira simples de ser.
A energia feminina da tartaruga está presente na ‘Lenda das 13 Matriarcas’, um conselho de mulheres nativas chamado de “A casa da tartaruga” que associava o calendário lunar
de 13 ciclos, aos 13 segmentos que formam o casco da tartaruga.
Essa irmandade de mulheres visava a cura da Terra à partir da cura pessoal.
E mais uma vez através da tartaruga somos advertidos a buscar a conexão com nosso ‘eu’ interior, a desenvolver nossa espiritualidade, a buscarmos novas idéias e novos caminhos, a fluir com naturalidade de uma situação à outra, assim como ela flui entre a terra e o mar.